terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O Que Fazer Quando se Está ‘À Beira do Abismo’?



Quando a única coisa que um homem tem é sua reputação, até a vida pode ser posta em risco para provar sua inocência.
Estreou no começo de fevereiro nos cinemas o filme “À Beira do Abismo” (Man on a Ledge) dirigido pelo quase desconhecido cineasta dinamarquês Asger Leth. O filme passeia por entre os gêneros ação, policial e suspense.

O novo astro Sam Worthington (protagonista nos blockbusters Avatar, Fúria de Titãs e Exterminador do Futuro 4) volta às telonas na pele do policial honesto Nick Cassidy. Envolvido numa trama muito obscura por motivos alheios a sua vontade, ele é acusado de ter roubado uma jóia de valor altíssimo enquanto fazia a segurança do inescrupuloso empresário David Englander, vivido por Ed Harris (vale destacar que Harris, como sempre, faz um vilão que nos trás os piores sentimentos à tona, confirmando a autenticidade do ator, mesmo fazendo um papel tão clichê).

Preso, humilhado e injustiçado Cassidy agora oscila entre as imagens da muralha da prisão e o céu azul. Planeja uma possível vingança até que a morte de seu pai lhe dá a oportunidade certa.

O filme tem bons momentos com diálogos inteligentes, cenas de perseguição ao gosto hollywoodiano e takes que dão frio na barriga onde Worthington, tentando provar sua inocência, pendura-se numa sacada dum grande prédio ameaçando suicídio.

Atuações dignas de Elisabeth Banks (da franquia Homem Aranha, e do filme W.), como uma policial especialista em lidar com suicídio, que vive seus próprios dramas pessoais e também Edward Burns como um tira sarcástico, porém compromissado, e a curta aparição da estrela da série Cold Case Kathryn Morris como uma repórter sensacionalista faz de ‘A beira do Abismo’ uma boa opção para quem quer ir aos cinemas nesse período de carnaval.

Outra coisa a ser pensada assistindo ao filme é: até que ponto podemos chegar para provar nossa inocência, ou mesmo para realizar algo demasiadamente importante para nós? Que linha tênue existe entre as verdades pregadas pelo mundo e as mentiras plantadas pelo sistema?

Quem sabe a obra mostre um pouco da carência e do desespero do homem em afirmar seu senso de justiça. Coisa pouco vista entre os que foram justificados por uma força maior que a integridade humana. Jesus é a única fonte de justiça ao homem!

Justamente por ter sido caluniado, injustiçado, torturado, preso e morto. A diferença entre Jesus e Cassidy? O “desespero” de Jesus não foi para provar sua inocência, mas para fazer inocente cada culpado na face da Terra.
Assista ao filme a reflita sobre a justiça que foi feita em sua vida.

Wendel Bernardes.

Curta o Trailler do Filme:

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

"A Estrada" - Um Reflexo da Vida?

Como seria sua vida se a esperança sumisse de repente, e a dor do passado feliz fosse uma torturante lembrança cortando a possibilidade de futuro senão a morte certa?
Essa é a premissa do chocante filme ‘A Estrada’ (The Road - 2010).

Dois personagens sem nome, a saber, pai e filho, cortam o país rumo ao sul como única forma de evitar, ou pelo menos prolongar a morte. O mundo passou por um apocalípse qualquer que culminou no final da vida na Terra como a conhecemos. Não há mais água potável, cada nascente, riacho ou mesmo a chuva, tornaram-se o oposto do que sempre foram. A vida, que o homem disse ter começado na água, morreu nela mesma.

As plantas não existem mais, senão galhos secos e sem vida, os animais sumiram do planeta completamente, existem terremotos constantes e quase diários. E o homem, na verdade a pouquíssima parcela da população mundial que restou, tornou-se necessariamente canibal (literalmente), pois sem plantas e sem caça animal, viu-se ‘obrigado’ a alimentar-se de seus semelhantes para sobreviver.

O cenário do filme é o mais caótico possível, em alguns momentos lembra-nos Mad Max, ou o Livro de Eli, porém sem o certo ‘espírito aventureiro’ que esses filmes carregam. ‘A Estrada’ é cinzento, desesperançoso e totalmente focado na percepção desses dois personagens do que resta da vida.

Viggo Mortensen (de O Senhor dos Anéis) e Kodi Smit-McPhee, vivem fugindo de seu próprio destino, fogem da morte a cada passo enquanto dormem em casas abandonadas, carros acidentados, barracas mal cerzidas e até cavernas. A todo o momento as lembranças da vida feliz ao lado da esposa (Charlize Theron) chegam ao ‘pai’ como fantasmagóricas alucinações, gotas de falsas esperanças.

Ela, depois de parir seu filho em casa imposto pela necessidade e tentar conviver nessa nova perspectiva de vida, decide suicidar-se sem portar arma, simplesmente caminhando da própria casa para qualquer lugar longe dali, nesse mundo, o simples fato de andar sozinho a noite é sentença mortal, principalmente para uma bela jovem desacompanhada.

A cada passo, pai e filho deparam-se não apenas com as tragédias ‘naturais’ que envolveram o cataclisma, mas também com a negritude da alma do ser humano, que sem chance de mudança está afundada na sua própria essência maléfica.

Homens são caçados como prato principal, acomodados vivos em porões como carne numa dispensa. A possibilidade de confiança simplesmente deixou de existir. A paranóia, o medo, a desgraça tomaram o lugar de qualquer outros sentimentos positivos.

O homem já vive assim aparentemente há 8 ou 10 anos e a fé morreu junto com cada religião que pregasse um porvir dourado. O pai, um pária em si mesmo, costuma enxergar seu próprio filho como um deus, já que é ele quem o motiva a sobreviver e ver algo de positivo naquela podridão, mas ainda assim porta um revólver, com duas únicas balas, que em momentos de tragédia, na iminência de rapto por parte de algum canibal, ou outro malfeitor, fariam uso para o suicídio, coisa que ensaiam o filme inteiro.

A obra, adaptado dum texto de Cormac McCarthy,  que ganhou por essa obra um‘Pulitzer’ (Oscar do jornalismo/literatura) de 2007 e dirigido pelo australiano John Hillcoat, é a imagem da crueldade e o retrato do pior que o homem pode se tornar num mundo onde tudo em que se acreditava; família, amor, felicidade, fé, virou cópia de um cenário imaginado apenas pela mente dum Dante. Ou ainda, reflete o que está dentro de cada ser, de cada homem ou mulher. Parece que a mensagem que o filme apresenta, nos mostra quem somos se em nós não houvesse o mínimo de humanidade, ou dos sentimentos que nos orgulhamos de portar.

Quem sabe esse ser humano retratado na película exista aqui, no mundo real, aguardando apenas uma deixa para eclodir. Quem sabe, fora pra nos livrar desse cenário negro, que um Menino se nos deu e um Filho nos nasceu. A Esperança não deve habitar numa arma que carregamos por anos a fio, ou num casamento feliz, ou mesmo num filho, mas sim numa certeza de existência independente do desenrolar dos fatos.

Destaco nesse filme a curta, porém brilhante atuação do veterano ator Robert Duvall, também a caracterização de Mortensen e de Kodi (as imagens deles no banho choca pela fragilidade e debilidade de corpos de quem simplesmente se acostumou a não comer e enganar a morte como se pode) e a excelente fotografia a cargo de Javier Aguirresarobe, indicado ao Bafta (Prêmio britânico de cinema e TV) nessa categoria .

Assista sem preconceitos e desafie-se a pensar em como seria sua vida se tudo o que te cerca fosse obliterado ou roubado por algo mais forte que a própria certeza do amanhã.

Wendel Bernardes.



Indicação e sugestão de Adriana Curdoglo.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Quem estará "Sempre ao Seu Lado?"



A vida nos ensina tantas coisas. E podemos encontrar grandes mensagens nos lugares mais espantosos. Como num filme não rotulado como ‘cristão’, por exemplo.

Acabei de assistir ‘Sempre ao Seu Lado’, uma das mais recentes produções (2009) do ótimo diretor (sueco) de dramas Lasse Hallströn (Assistam também desse diretor o grande filme "Lugar para Recomeçar" com Jennifer Lopez, Robert Redford e Morgan Freeman). Tendo Richard Gere como protagonista, o filme, adaptado dum fato, conta a sensível e bela história do professor de música Parker (Gere), que um dia ao voltar duma viagem, encontra na estação de trem, um lindo filhote de cão da raça akita chamado ‘Hachi’. 

A afeição logo se fez entre os dois. Parker leva seu mais novo amigo pra casa e num desenrolar singelo, ao longo do tempo, a amizade entre cão e dono se estrutura e se desdobra num amor puro e na gratidão de quem ganhou um lar, ou de quem ganhou um amigo dentro desse mesmo lar.

Hachi passa a seguir seu dono, todos os dias até seu local de trabalho numa faculdade de música, e ao se despedir dele, volta à casa que o abrigou e ansiosamente aguarda até as 17:00, para de novo, ir a rua onde encontra seu dono e amigo.

Depois de alguns anos, e de muitas situações belas e comuns do cotidiano, Parker falece em uma sala de aula.
O cão alheio a tristeza do fato, volta ao lugar marcado para aguardar seu amigo como de costume. Até que alguém o busca, já à noitinha e é claro, não é Parker, mas seu genro.

Depois da tristeza daquela noite pra família, ficava a pergunta: o que fazer com o cão tão ligado a alguém que se foi?
Como que respondendo a questão Hachi toma seu rumo, ficando longos nove anos aguardando seu dono quase estático no mesmo lugar.
As pessoas que o viam, compadeciam-se do cão, pois sabiam de sua historia com Parker e da tristeza que agora habitava o peito do animal.

A viúva, que havia se mudado para fugir das lembranças tristes, ao final desses anos, consegue retornar à cidade, e pra sua completa surpresa, encontra Hachi, como um vigia, agora velho e fraco, ainda aguardando seu dono.
Ao desculpar-se com o cão volta a viver sua vida, agora com um neto que lhe tira um pouco da dor que sofrera.

O filme termina com a morte de Hachi, numa cena terna onde cão e dono se encontram depois de anos de espera, numa lembrança poética, porém improvável!

Assisti ao filme com meu Joshua e não pode ocultar meus sentimentos ao final da película, pois a mensagem que fica é;
Será que depois de tantos anos de vida, trabalho, criação de filhos (e netos pra alguns).
Depois de ter passado tantos momentos e tocado tantas vidas, minha própria pessoa teria sido assim tão importante ao ponto dalgum desavisado(a) aguardar-me voltar durante quase uma década?

A mensagem do filme, embora quase espiritualista, pode mostrar que as atitudes que tomamos NESTA VIDA podem fazer a diferença para as pessoas que AQUI ESTÃO.
Filhos, amigos, netos, cônjuges, igreja... o que essas pessoas sentem a meu respeito? Ou uma pergunta ainda melhor:
O que tenho feito para dar guarida, de uma forma ou de outra, a alguém que simplesmente passa por mim?
Seja esse alguém um ente querido, um desconhecido ou até mesmo... um cão!

Fui às lagrimas com esse filme e recomendo como mensagem de fundo e não necessariamente como filme em si (não gosto muito das atuações de Gere), e creio que é ‘um prato cheio’ para quem curte um bom drama baseados na vida real.

Aliás, o filme inspira-se na vida dum professor japonês, que numa estação de trem encontra um cão vira-latas que, como sua versão cinematográfica se chamava Hachi e aguardou seu dono voltar da morte por anos a fio. A morte desse senhor se deu nos anos de 1929 e o verdadeiro Hachi, o aguardou até o final dos anos trinta! Hoje, fizerem uma estatua em sua homenagem na estação de trem que fora encontrado e que passara seus primeiros e últimos dias de vida.
Bom filme e ótima reflexão a todos!

Wendel Bernardes.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O Mundo Pelo Olhar de Uma Criança (Pollyanna)



Acordei essa manhã, e como sempre faço, procurei por um bom filme para me acompanhar enquanto cuidava de meus afazeres matinais. O filme de hoje foi uma grata surpresa, trata-se de Pollyanna, uma produção infantil da Disney do início da década de 60, dirigido por David Swift.

Confesso que não pude assistir ao filme completamente, pois meus horários impediam tal feito, mas o trecho que assisti foi demasiadamente inspirador, tanto que me trouxe até aqui pra compartilhá-lo com vocês.

Pollyanna é uma menina de 10/12 anos, órfã, porém portadora de um espírito feliz e contagiante. Foi morar com a tia Polly começando, pouco a pouco a contaminar os lúgubres seres a sua volta com seu jeito positivo e alegre de ver a vida.

Freqüentavam uma igreja protestante, onde o pastor, figura séria e muito rígida, pregava a Palavra com tom austero, dramático, duro, ameaçador... A platéia era contagiada pela severidade que esse homem fazia seus sermões. O medo da morte, o pecado latente e o inferno eram figuras cativas em suas metáforas terroristas. A congregação permanecia estática, porém, seus olhares esbugalhados e a sudorese constante demonstravam o cenário dantesco que se fazia nas mentes a partir daquela pregação.

Depois o ‘culto’, todos em seus lares, confabulavam sobre o sermão e o medo de retornar no domingo e assistir nova sentença de morte em mais uma explanação das Escrituras.

Um dia a pequena Pollyanna, conduzida ao campo por um pedido de sua tia (deveria entregar um recado ao pastor), encontrara o pregador ensaiando seus versos de terror ao ar livre. Senta-se num tronco, e depois de minutos é notada pelo pastor. Ao entregar o recado da tia, a menina tomada pela audácia natural das crianças, pergunta ao homem se poderia ajudá-lo com seu próximo sermão.

Seu falecido pai era pastor, e como tal, também era homem preocupado com seu rebanho e como esse último, também usava das táticas erradas para ‘mostrar o caminho da redenção’. Até que um dia entendeu que a Bíblia possuía textos que falavam de alegria, amor, felicidade e que o próprio Deus era o gerador desses sentimentos.

O pastor, tocado pelo testemunho de vida da menina e seu falecido pai, cai em si entendendo que ser portador de “Boas Novas” é bem diferente que coagir, amedrontar e aterrorizar. Ali mesmo, no campo onde ensaiava seu sermão, prostrou-se ao chão pedindo perdão ao Pai.

No próximo domingo, reuniu a congregação e deu seu ultimato; “agora falaremos dos 826 textos alegres da Bíblia... lerei um a cada domingo e isso levará 16 anos...” a congregação não poderia acreditar naquelas palavras, o sorriso tomou conta do lugar e até um inesperado aplauso encheu aquele templo de uma alegria que há muito não visitava aquele salão.

Encurtou o sermão, e com felicidade no rosto, liberou a congregação para aproveitar o dia. E não apenas isso, convidou-os a ir a uma festa local para dançar, brincar, e viver a vida que Deus lhes dera.


Sabe, a cada dia fico mais alegre em ver como Deus tem falado e usado muitos meios como veículos de Sua Palavra, fazendo de profetas a atores, diretores, roteiristas (e pasmem) blogueiros.

O filme (que torno a dizer, não vi até o final) não encerra a discussão sobre o tema, na verdade penso que ele nem teve a pretensão de fazê-lo, mas nos mostra que em muitos momentos, temos ótimas intenções, mas o fazemos com o veículo errado.

Seja servindo a Deus como um pastor, ou simplesmente vivendo a vida como cada um de nós, o que nos resta é enxergar que tudo pode ser visto com uma lente mais tênue, com olhar mais feliz, deixando a alegria brotar em nossos corações.

Wendel Bernardes.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Minority Report a Nova Lei.



O mega cineasta americano Steven Spielberg lançou em 2002 o sucesso de bilheteria Minority Report, a Nova Lei. Um longa que misturava na medida certa drama, policial e suspense num cenário futurista que fez com que o filme fosse catalogado como ‘ficção científica’.

Num futuro não muito distante, uma instituição foi criada e disseminada como se fora a solução do crime nos Estados Unidos da América. Tratava-se da ‘Pré-Crime’. Munida de recursos tecnológicos inigualáveis, de muito know how corporativo e de boa dose de presunção, a instituição queria definitivamente solucionar o problema do crime ‘comum’ arrancando o ‘mal pela raiz’. Valia-se pra isso dos chamados “PréCogs”. Três jovens com dons precognitivos ou mediúnicos que anteviam as possibilidades dos crimes horas antes de seus acontecimentos. Sendo assim o ‘criminoso’ era preso, julgado e sentenciado sem mesmo ter cometido crime algum.

Depois de algum tempo de operação o poder da ‘Pré-Crime’ chegou ao seu ápsie e os chamados ‘crimes comuns’ (assassinatos) foram drasticamente reduzidos a quase zero. A instituição tinha aprovação total da sociedade e grande aceitação no mundo civilizado.

Por causa dum drama pessoal John Anderton (Tom Cruise) passou não só a cerrar fileiras na ‘Pré-Crime’, mas também passou a ser o principal articulador operacional, ficando abaixo em hierarquia apenas do diretor veterano e criador da concepção da instituição Lamar Burgess (vivido brilhantemente pelo ator Max Von Sydow).

O personagem de Tom vive o drama do desaparecimento de seu filho único Sean, por conta disso, tornou-se viciado em drogas, viu seu casamento ruir e passa seus poucos momentos livres assistindo vídeos de seu passado recente onde seu filho e esposa vivem uma vida linda e feliz ao lado dele. Embora as cenas irradiem amor, John tortura-se em dor, remorso e muita depressão por ter sido o pivô do desaparecimento do filho.

A solução que John encontrou foi afundar-se na instituição até a alma, acreditando em suas bases e vivendo nela tentando vingar o drama de sua própria vida, quem sabe, exorcizar seus próprios demônios ajudando ao próximo.

O filme mostra uma realidade dura e cruel da vida real, mesmo se tratando de uma obra fictícia. As instituições estão nos quatro cantos do mundo vendendo ilusões e criando utopias gerando prosélitos que bebem de suas águas ‘bentas’ e ‘fluidificadas’ por pura dor e desejo de serem livres de suas dores de vida.

As ‘denominações cristãs’ são um bom exemplo disso. Enganam-se quem pensa que fazer parte do rol de membros, freqüentar eventos sociais e manter-se atento aos cultos e missas dará liberdade ao espírito.

Essas instituições pregam sonhos de perfeição e visões herméticas onde o erro, o pecado ou o ‘crime’ não podem entrar (como se isso fosse possível na vida real), invalidando assim a possibilidade de cura, pois só quando abrimos o coração para a Verdade é que conseguimos caminhar na direção dos acertos.

O filme ainda trás ótima atuação de Colin Farrell que na época, começava a consolidar a carreira em Hollywood. Minority Report é uma grande produção, cujo orçamento inicial ficou em 120 milhões de dólares. O mesmo tem uma fotografia primorosa e foi indicado ao prêmio da Academia por melhor efeito sonoro. O elenco de apoio dá um grande suporte ao filme onde se destacam Neal McDonough, rosto conhecido por aqui na série televisiva Desperate Housewives e da atriz Samantha Morton que vive (muito bem) a PreCog Agatha.

A película é uma boa reprise e nos alerta pra algo importante; ‘nem sempre aquilo que reluz é ouro’, ainda que tenha belo contorno e uma grande reputação. Lembra também mesmo sem querer, que o alívio da dor e da culpa pode ser sanado Naquele que sentiu toda a dor de ser gente: Jesus!

Wendel Bernardes.












segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

As Férias da Minha Vida


Esses dias, estava assistindo novamente um bom filme chamado “As férias da Minha Vida” (Last Holyday- 2006). O filme é protagonizado pela divertida atriz Queen Latifah que em minha opinião, viveu nessa pequena produção uma de suas mais belas personagens.

Geórgia Byrd (Latifah) é uma mulher pacata e simples. É uma dedicada vendedora de loja de departamentos (a melhor de sua loja, mas sem grilos de vaidades e competitividade acirrada), boa irmã, vizinha amável, e freqüentadora da Igreja Batista do bairro, na qual faz parte do coral.

Ela tem muitos sonhos, e vive com a cabeça nas nuvens, imaginando um dia conhecer um belo hotel na Europa, desfrutar da alta gastronomia, ou até mesmo, casar-se com seu colega de trabalho vivido pelo ator e rapper LLCool J (de Edison, SWAT e da série NCIS)
Esses sonhos são pra ela apenas materializados num livro guardados a sete chaves com recortes de jornais, revistas e fotos de seus projetos e aventuras imaginárias.

Geórgia é a síntese da ‘mulher com projeto de vida perfeita’, e isso só não se torna realidade por causa da timidez que a impede de viver tudo que sempre sonhara. Quando um desses sonhos está próximo de acontecer, Geórgia se depara com uma verdadeira ‘cilada do destino’. Numa tarde de trabalho comum, Sean, o colega por quem nutre uma paixão secreta, vem visitar seu setor de trabalho, e num rompante de pura timidez, Geórgia acaba acidentando-se batendo com a cabeça e desmaiando.

A situação um tanto cômica e constrangedora acaba se tornando um grande drama.
Depois de se submeter a algumas seções de tumografia, a vendedora recebe um ultimato de dois médicos da unidade de saúde onde fora atendida. Estava com um gravíssimo vírus que causou uma enorme massa em seu cérebro, massa essa que seria a causadora de sua morte em no máximo três semanas, não mais do que isso.

Acometida de imensa tristeza e refletindo sobre a vida, Geórgia sai do consultório com apenas uma pergunta em mente: ‘Por que eu, Senhor?’ Sua vida passa-lhe diante dos olhos. Adiou tanto a vida, sendo uma boa jovem, uma mulher certinha, que agora a morte lhe bate à porta tão cedo.

Tenta ligar pra sua irmã, mas ela está muito atolada com seus sonhos de vida (ainda não realizados) que mal dá espaço para Geórgia se expressar.
Imaginando que só Deus pudesse lhe ouvir, Geórgia veste sua túnica e vai louvar em sua igreja. Lá, durante a apresentação do coral, deixa fluir sua oração em forma de um espontâneo e divertido ‘negro spiritual’ onde a pergunta à Deus é simplesmente “Porque”?

Quando se retira dali, limpa sua conta bancária, pega antecipadamente seus direitos trabalhistas e sai do emprego, levando também consigo as economias de uma vida que agregadas aos valores deixados por herança pela mãe, somaram uma pequena fortuna.

Ainda abalada pelo veredicto, crê que Deus está lhe pregando uma peça e decide viver seus últimos dias realizando, pelo menos, alguns de seus sonhos.
Viaja em grande estilo pra Europa, hospeda-se no Grand Hotel Pupp e lá desfruta de altíssima gastronomia a cai nas graças do Chef vivido brilhantemente pelo veterano ator francês Gérard Depardieu.

Mas não foi só a vida do chef francês que Geórgia tocou, mas de absolutamente todos ao seu redor. Políticos, mega empresários, empregados do hotel, todos ficaram tocados por tão curiosa figura que gasta aos tubos, que pratica ski de velocidade, base jump, massagens diversas, que joga no cassino e ganha mesmo sem saber absolutamente nada de jogatinas e come todos os pratos do menu do restourant (literalmente) só pelo prazer de degustar boa comida.

A todo tempo, eleva seu pensamento a Deus e lhe argúi sobre as curiosidades do destino que Ele lhe reservou. Mas Geórgia foi tocada pela maior sorte de todas.
Deus lhe deu a oportunidade de viver sem amarras, sem pensar no medo que lhe travava a vida.

Sim, Ele mesmo permitiu um diagnóstico errado de morte prematura para que essa pacata moça pudesse em alguns dias não só realizar todos os seus maiores sonhos, mas também mostrar aos que lhe cercavam que a vida, mesmo com muito dinheiro, glamour, sucesso e poder, não é absolutamente nada se não for vivida com um bom propósito.

Geórgia, mesmo de origem pobre, de raça negra, fora da estética de beleza e aparentemente morrendo, enfrenta todos os preconceitos mostrando a todos uma dignidade e caráter que só poderia vir de quem tem princípios pra dar e vender, e isso não se compra, nem se parcela nos cartões gold internacionais!

O final do filme é uma grata surpresa, Sean assume sua paixão secreta por Geórgia e a procura na véspera de ano novo na Europa com a boa notícia do erro médico. Ali, essa mulher descobre que a peça que imaginava que Deus estaria lhe pregando, na verdade era a revelação de um Amor não só por sua vida, mas por gente que a cercava e que precisava notar o amor pela vida e a direção pra viver, e isso; está cada vez mais nas pequenas coisas, que se desdobram em grandes ensinamentos.

O filme, já reprisado algumas vezes na TV aberta, é uma boa diversão pra uma tarde fria com pipoca ao lado, mas também faz bem pra alma quando se enxerga que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus!
Assista ao filme e medite no que Ele fala através dessa produção cinematográfica e na sua vida!

Wendel Bernardes.

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domingo, 12 de fevereiro de 2012

A Igreja Contemporânea versus o Livro de Elí (filme)



Enquanto escrevo ainda está em minha mente a qualidade do filme que assisti por indicação do pr. Marcus Vinicius do blog Marcus Vinicius Comenta. Comprei e vi o filme estrelado por Denzel Washington e Gary Oldman - ‘O Livro de Eli’.

O filme narra a trajetória de Eli, personagem de Washington, que vive num mundo pós-guerra, destruído talvez por uma bomba nuclear. O mundo que se vê é apenas desgraça e desolação. Não há água potável e o pouco de gente que se arrasta pela Terra são pessoas oprimidas pelo mal de viver nesse caos diariamente.

Eli possui um sagrado livro, que durante trinta anos lê dia após dia e vive conforme as regras do mesmo.
Nesse tempo cruza o caminho de muita gente má, que personifica o pior que reside na humanidade caída em seus pecados e miséria.

Durante sua caminhada em direção ao oeste (caminho lhe revelado por uma voz...), Eli cruza com um homem vil e desprazível, que possui vidas em seu domínio, personagem vivido brilhantemente por Gary Oldman.
Este personagem tem sede de poder e controle e para isso leva sua vida tentando achar um livro que mudará sua historia e também de toda a humanidade (ou o que restou dela).

Ao assistir o filme, aos poucos nos damos conta que esse precioso livro trata-se das Escrituras Sagradas e a missão de Eli não é nada mais que guardar o seu conteúdo, levando-o ao maior número de pessoas possível, pois aquela unidade trata-se do último exemplar da Bíblia Sagrada.

Quero chamar a atenção para uma parte em especial do filme, em que o personagem de Oldman afirma que ter esse livro seria importante, pois quem o possui, domina a fé dos que não conhecem ‘a Verdade’.
O motivo desse homem querer as Escrituras é talvez o mesmo em que se matou, roubou e deturpou a humanidade em nome de Deus e de Sua vontade. Coisa que Ele nunca pregou ou mesmo quis que fosse feita. Conhecemos um Deus que é vida, e que dá essa mesma vida em abundância.

Esse personagem de Oldman não difere em nada, dos que ao longo dos séculos usaram a fé com torpeza, mentira, engano e todo o tipo de falácia desmedida para ludibriar o homem e dominar sua mente e também, seu coração para assim atrai-lo a todo o tipo de benefício que os que assim pregam dizem viver!

Ainda hoje vemos isso acontecendo dia após dia. O clero dominante, independente de religiões e nomenclaturas, ainda realiza seus cultos, missas e eventos baseados numa fé pouco pautada na verdadeira Palavra de Deus, levando muitos sedentos de Água-Viva a beber de muitos fluídos, menos da água que Jesus ofereceu à samaritana na beira do poço de Jacó!

O personagem de Oldman personifica os vendilhões da fé. Sacerdotes que vendem não somente cds, dvds, bíblias, eventos, mas fazem como a igreja romana o fez na idade média e a igreja evangélica faz até hoje... vende também salvação!
Salvação que Jesus dá de graça a todos que Nele confiam e seguem.
Aliás, de graça não é exatamente o termo, mas essa salvação teve preço altíssimo: sangue!
Esse preço seria pago por você ou por mim, mas Jesus o fez com Seu sangue puro e nos comprou, para que fôssemos Dele em todo o nosso viver. Livres para serví-Lo!

O Livro de Eli é um ótimo filme que contém partes que satisfazem os mais variados tipos de cinéfilos.
Ação, drama, suspense, tudo envolvido num enredo bem amarrado e com ótimas atuações do elenco de apoio.

Ele deve ser visto não só como um bom passatempo para os amantes da sétima arte, mas também como despertar para a Igreja Contemporânea não cair, ou continuar caindo na lábia de gente como o vilão manipulador vivido por Oldman, personagem esse que é muito real hoje em cada esquina do Brasil, talvez do mundo!

Wendel Bernardes.

(p.s. - Quando falamos de igrejas e segmentos religiosos não falamos da pura e imaterial Igreja de Jesus formada por vidas e não por templos ou denominações, mas falo das religiões que se auto intitulam como voz de Deus na Terra; instituições essas que infelizmente por conduta e caminhar parecem mais com a ‘grande prostituta’ citada no livro de Apocalipse e pouco com a Igreja Viva e santa do Deus Jeová comparada pelo sangue de Seu Filho Jesus.)

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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Vivendo no mundo de Ripley



Assisti recentemente ao terceiro episódio da saga de Ripley, chamado ‘Ripley no Limite.’
O primeiro longa intitulado ‘O Talentoso Ripley’, foi protagonizado pelo então jovem e quase desconhecido ator americano Matt Damon (trilogia Bourne – Zona Verde – Onze Homens e um Segredo e suas continuações...), Jude Law (Inteligência Artificial – Alfie, o Sedutor) e Philip Seymour Hoffmam (Quero ficar com Polly – Missão Impossível III).
Foi uma produção digna de Hollywood, com maior notoriedade dos três títulos já rodados, filmada em 1999, por direção de Anthony Mighella (vencedor do Oscar por Jardineiro Fiel). O filme conta ainda com participações das brilhantes atrizes Gwyneth Paltrow e Cate Blanchett.


A segunda versão, filmada quatro anos depois, chamada ‘O Retorno do Talentoso Ripley’ contava com o reconhecido ator John Malkovich na pele de um Ripley mais maduro, porém sempre focado nas armações e situações nada comuns. Dirigido por Liliana Cavini, teve um clima mais de cinema europeu, contando com um elenco ‘enxuto’ financeiramente falando. O próprio filme é uma produção muito mais modesta.
Conta ainda com as participações de ator Dougray Scott (Hitman, Assassino 47 e Dark Water) e Ray Winstone (A Lenda de Beowulf – Rei Arthur – Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal).


A mais recente produção intitulada ‘Ripley no Limite’ de 2005 saiu pelas mãos do diretor Roger Spottiswood. Trás no papel de Tom Ripley o rosto quase desconhecido em terras tupiniquins do ator Barry Pepper (O resgate do Soldado Ryan – À Espera de um Milagre – Fomos Heróis). O título confirma o ar europeu do filme, tendo produção alemã, sendo rodado exclusivamente na Europa. Além de Pepper, podemos conferir a atuação do bom ator Willen Dafoe, no papel de um colecionador de arte americano.

O filme dá continuidade na história que originalmente foi lançada em livro pela escritora Patricia Highsmith, mas engana-se quem crê que as versões atuais sejam as únicas. Na verdade um primeiro filme foi lançado sob o titulo de ‘O Sol por Testemunha’ de 1960, estrelado pelo astro francês Alain Delon.

Embora esta produção de 2005 peque um pouco pela falta de primor na edição e por alguns ‘defeitos especiais’ (há uma cena de explosão de veículo num acidente que chega a ser pândega!), mas nem por isso a obra chega a ser um filme ruim.

Pra quem nunca assistiu aos outros filmes, segue um breve release.
Tom Ripley é um americano que sempre esteve fora do filão rico da sociedade. Ambicioso e sem escrúpulos, faz de tudo para se achegar aos mais altos escalões do poder e da fama. Nem que pra isso tenha que sujar suas mãos de sangue, fato esse que permeia sua vida desde sua adolescência. Assim rouba identidades dos mais afortunados, chegando a viver suas vidas por períodos grandes, vivendo numa verdadeira corda bamba com a justiça e a sociedade.

Engana-se quem o vê como um serial killer ou algo assim. Ripley, embora um tanto quanto descuidado, é um psicopata altamente talentoso, que usa de charme, dissimulação, e muita cara de pau para dar vida aos seus golpes e esconder seus segredos.

É alguém extremamente amoral, assassinando, roubando vidas; se valendo de flertes homossexuais (no primeiro filme), até um casamento apaixonado com quem se tornaria sua parceira perfeita, a Senhorita Blisson. Jovem e bem sucedida francesa que o ajuda em seus crimes somente pelo sabor da aventura.

Esse personagem literário criado originalmente em 1955, é alguém completamente ambientado nos valores de uma sociedade fútil e que se importa apenas com a aparência, sucesso financeiro e status social. Ripley não é diferente de muita gente bem real que encontramos no dia a dia, ou que conhecemos de manchetes criminais como as esposas assassinas de ganhadores de Mega Senas, ou como as belas adolescentes bem nascidas que matam pais com o auxilio dos namorados, simplesmente para afanar uma fortuna, que seria dela mesma com o passar dos anos.

Os Ripley do mundo real são resultado duma terra ambientada na negritude do ser humano avesso à Graça e à mudança de caráter que Cristo Jesus ensina. A série cinematográfica, ou a obra literária é recomendada como reflexão do mundo que vivemos, ou que criamos por conivência ou complacência, onde Renê Sena, ou o casal Von Histoffen são vitimas todos os dias numa realidade que mais parece ficção.
Quem dera!

Wendel Bernardes.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Um Voz nas Sombras


Assisti a um filme lindo. Chama-se ‘Uma Voz nas Sombras’, estrelado por um dos maiores atores de sua geração, Sidney Poitier.

A produção de 1963 é baseada na vida dum homem aparentemente sem cultura, abrutalhado e um tanto turrão chamado Homer Smith.
Ele decide rodar o interior dos Estados Unidos em busca dalgo que completasse sua vida, até que cruzando uma pequena fazenda, decide pedir água justamente a um grupo de freiras, cinco no total, que vivem tão somente de seus trabalhos arando a terra, orando a Deus pedindo-O uma capela pra realizar suas missas.

A líder delas vê na chegada de Homer o cumprimento de suas preces, crê que esse homem sem destino é na verdade, um enviado de Deus, e que este andarilho é nada mais do que o homem que os céus enviaram para construir a capela.

Claro que nada disso estava nos planos de Homer, nem poderia estar. Era batista, como fazia questão de frisar e não poderia conceber-se construindo justamente uma capela católica para aquelas freiras que não possuíam sequer um tostão furado a lhe pagar (notadamente uma crítica ao modo capitalsita de vida americano).

Usando de muita perspicácia a madre superiora, vivida brilhantemente pela atriz Lilia Skala, convence quase que a força ‘Smidth’ (forma como pronuncia o sobrenome de Homer com seu sotaque alemão) a ficar.

Aos poucos Homer conhece a história dessas loucas freiras, que fugiram da Alemanha pré-guerra e foram parar justamente na fronteira do México com os Estados Unidos, acreditando que ali seriam úteis àquela comunidade.

As missas eram então realizadas na caçamba de uma caminhonete, ao lado de um bar, onde um bonachão barman chamado Juan, acaba convencendo Homer a deixar de lado sua empreitada e voltar aos seus caminhos.

Mas qual não foi a descoberta que fez Homer ao entender que sua vida andava sem sentido nenhum, decidiu então, mesmo sem dinheiro e completamente sozinho, construir a tal capela.
O material surgira depois de muito milagre, e, diga-se de passagem, muita murmuração (risos), aos poucos a comunidade começou a entender que a unidade deles poderia realmente realizar algo, e que de alguma forma a vontade de Deus estava mesmo se manifestando na vida dos que estavam envolvidos nessa empreitada. Até mesmo o ex-católico Juan, convence-se a ajudar, buscando agradar a Deus para ter um ‘futuro nos céus’.

O filme é leve, divertido e emocionante. Filmado ainda em preto e branco, como os recursos que Hollywood possuía na primeira metade dos anos 60.
Podemos refletir na mensagem central desse filme, que nos mostra que Deus pode realmente construir Sua vontade independente do que pensa o homem.
Que Ele tem seus métodos tanto para nos convencer de Sua suprema vontade, quanto para nos fazer entender que nossos preconceitos e religiosidades em nada estão ligados a Ele!

Talvez você não encontre esse filme numa locadora, nem sei se está disponível na web, provavelmente não, pois não se trata de uma grande produção cinematográfica. Mas fica aqui o relato de que depois de 49 anos que a película foi filmada, pôde tocar minha vida, mostrando-me que Deus pode seguir Seus caminhos e fazer Sua vontade, independente do que eu acho, ou sequer concebo!

Wendel Bernardes.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Star Wars, a Saga – Porque Não Ceder ao ‘Lado Negro da Força’?



Gosto muito de uma série cinematográfica idealizada pelo megadiretor George Lucas chamada Star Wars (guerra nas estrelas).
São seis longa-metragens (fora as produções em animação) da mais pura ficção científica, recheados de grandes efeitos especiais e personagens que, desde o primeiro filme, ainda no final dos anos 70 são amados pelo público em geral, ‘nerds’ e loucos por cinema.

Todos conhecem a premissa da série: a eterna luta entre bem e mal... Luz e trevas; nesse caso, o Lado Negro e o Lado Branco da ‘Força’.
Com a saga completa entendemos melhor os detalhes que permeiam esta excelente história.

Anakin Skywalker era um garotinho com talentos especiais que um dia foi chamado pelos ‘Jedi’, uma espécie de ‘monges intergalácticos’, para ser treinado, pois em seu interior havia uma altíssima concentração da energia sobrenatural ‘a força’.

Os três primeiros filmes mostram sua vida, seu treinamento, seu êxito como aprendiz e sua inserção no amor com a princesa Padmé (vivida pela atriz Natalie Portman, vencedora do Prêmio da Academia por Cisne Negro) e também como se corrompeu, transformando-se no maligno Sith Darth Vader, o maior e mais copiado vilão de toda a história do cinema.

Anos mais tarde, durante a continuação da saga, encontramos o jovem Luke Skywalker, vivido pelo então jovem ator americano Mark Hamil com exatamente o mesmo problema vivenciado por seu pai Anakin; lidar com seus caminhos, trilhar no bem ou no mal.
Para isso foi também adestrado pelo ‘simpático’ mestre Yoda o maior Jedi de todos os tempos.

Todos sabem como termina esse sucesso do cinema. Luke descobre que seu pai morto, era na verdade seu maior inimigo Lord Vader, e com ele trava uma fantástica luta com ‘sabres (espadas) de luz’ vencendo seu inimigo amputando sua mão, igualmente Vader fez com ele no passado.

Luke percebe que aquela atitude estava mergulhada no ódio e que aquele era o primeiro passo para um salto nas trevas do lado negro.
Ele nega sua ira, salva seu pai da morte pelas suas mãos, abdicando da negritude da alma. No fim vencem o amor, a família e o lado branco da força. O universo estaria salvo afinal.

O grande sucesso revelou ainda muitos atores ao longo da trama como Harrison Ford
(como Han Solo), consolidou outros como Alan Guiness (Obi-Wan Kenobi), James Earle Jones (de Conan o Bárbaro na bizarra voz de Vader) estes ainda nos primeiros três filmes da primeira fase. Mas na continuação o filme  ainda fez por revelar, ou consolidar, astros como o canadense Hayden Christensen (do filme Jumper vivendo o jovem Anakin Skywalker), Natalie Portman (princesa Padmé), Samuel L. Jackson (De Iron Man 2, Jumper, Triplo X e Corpo Fechado como Mestre Windu) entre outros.

Star Wars toca num assunto aparentemente tolo e lugar comum em filmes do gênero; a guerra do bem contra o mal. Mas mostra também algo muito familiar para nós seguidores da Luz e das Boas Novas do Evangelho.
“O pecado jaz a sua porta, sobre ele deves dominar (Gn. 4:7)”.

Nossa vida não é recheada de efeitos especiais e roteiros baseados na mente de um famoso diretor hollywoodiano, mas numa realidade fundamentada em fatos espirituais.

A luta que travamos não tem como objetivo dominar a galáxia, mas defender este universo que é o homem! Este mesmo homem criado a imagem e semelhança de Deus e que insiste em flertar ou mesmo afundar-se nos caminhos contrários a Ele.

Vivemos não numa guerra estelar, mas numa batalha espiritual com consequências bastante físicas, cuja vitória depende sempre do lado mais forte.  Muito diferente dos filmes em que o bem sempre triunfa!
O bem só poderá vencer nessa história real se o guerreiro for na verdade, guiado pelo Espírito Santo, ouvindo plenamente Sua voz senão, o lado negro triunfará!

“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do Seu poder.
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.”
(Efésios 6:10,11)


P.S. - Lembrando que volta aos cinemas brasileiros toda a série Star Wars, neste mês de Fevereiro podemos conferir o Episódio I com ótimas atuações de Lian Neeson e Ewan McGregor e com o selo de qualidade George Lucas que todos já conhecemos de longa data!


Wendel Bernardes.