segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

As Férias da Minha Vida


Esses dias, estava assistindo novamente um bom filme chamado “As férias da Minha Vida” (Last Holyday- 2006). O filme é protagonizado pela divertida atriz Queen Latifah que em minha opinião, viveu nessa pequena produção uma de suas mais belas personagens.

Geórgia Byrd (Latifah) é uma mulher pacata e simples. É uma dedicada vendedora de loja de departamentos (a melhor de sua loja, mas sem grilos de vaidades e competitividade acirrada), boa irmã, vizinha amável, e freqüentadora da Igreja Batista do bairro, na qual faz parte do coral.

Ela tem muitos sonhos, e vive com a cabeça nas nuvens, imaginando um dia conhecer um belo hotel na Europa, desfrutar da alta gastronomia, ou até mesmo, casar-se com seu colega de trabalho vivido pelo ator e rapper LLCool J (de Edison, SWAT e da série NCIS)
Esses sonhos são pra ela apenas materializados num livro guardados a sete chaves com recortes de jornais, revistas e fotos de seus projetos e aventuras imaginárias.

Geórgia é a síntese da ‘mulher com projeto de vida perfeita’, e isso só não se torna realidade por causa da timidez que a impede de viver tudo que sempre sonhara. Quando um desses sonhos está próximo de acontecer, Geórgia se depara com uma verdadeira ‘cilada do destino’. Numa tarde de trabalho comum, Sean, o colega por quem nutre uma paixão secreta, vem visitar seu setor de trabalho, e num rompante de pura timidez, Geórgia acaba acidentando-se batendo com a cabeça e desmaiando.

A situação um tanto cômica e constrangedora acaba se tornando um grande drama.
Depois de se submeter a algumas seções de tumografia, a vendedora recebe um ultimato de dois médicos da unidade de saúde onde fora atendida. Estava com um gravíssimo vírus que causou uma enorme massa em seu cérebro, massa essa que seria a causadora de sua morte em no máximo três semanas, não mais do que isso.

Acometida de imensa tristeza e refletindo sobre a vida, Geórgia sai do consultório com apenas uma pergunta em mente: ‘Por que eu, Senhor?’ Sua vida passa-lhe diante dos olhos. Adiou tanto a vida, sendo uma boa jovem, uma mulher certinha, que agora a morte lhe bate à porta tão cedo.

Tenta ligar pra sua irmã, mas ela está muito atolada com seus sonhos de vida (ainda não realizados) que mal dá espaço para Geórgia se expressar.
Imaginando que só Deus pudesse lhe ouvir, Geórgia veste sua túnica e vai louvar em sua igreja. Lá, durante a apresentação do coral, deixa fluir sua oração em forma de um espontâneo e divertido ‘negro spiritual’ onde a pergunta à Deus é simplesmente “Porque”?

Quando se retira dali, limpa sua conta bancária, pega antecipadamente seus direitos trabalhistas e sai do emprego, levando também consigo as economias de uma vida que agregadas aos valores deixados por herança pela mãe, somaram uma pequena fortuna.

Ainda abalada pelo veredicto, crê que Deus está lhe pregando uma peça e decide viver seus últimos dias realizando, pelo menos, alguns de seus sonhos.
Viaja em grande estilo pra Europa, hospeda-se no Grand Hotel Pupp e lá desfruta de altíssima gastronomia a cai nas graças do Chef vivido brilhantemente pelo veterano ator francês Gérard Depardieu.

Mas não foi só a vida do chef francês que Geórgia tocou, mas de absolutamente todos ao seu redor. Políticos, mega empresários, empregados do hotel, todos ficaram tocados por tão curiosa figura que gasta aos tubos, que pratica ski de velocidade, base jump, massagens diversas, que joga no cassino e ganha mesmo sem saber absolutamente nada de jogatinas e come todos os pratos do menu do restourant (literalmente) só pelo prazer de degustar boa comida.

A todo tempo, eleva seu pensamento a Deus e lhe argúi sobre as curiosidades do destino que Ele lhe reservou. Mas Geórgia foi tocada pela maior sorte de todas.
Deus lhe deu a oportunidade de viver sem amarras, sem pensar no medo que lhe travava a vida.

Sim, Ele mesmo permitiu um diagnóstico errado de morte prematura para que essa pacata moça pudesse em alguns dias não só realizar todos os seus maiores sonhos, mas também mostrar aos que lhe cercavam que a vida, mesmo com muito dinheiro, glamour, sucesso e poder, não é absolutamente nada se não for vivida com um bom propósito.

Geórgia, mesmo de origem pobre, de raça negra, fora da estética de beleza e aparentemente morrendo, enfrenta todos os preconceitos mostrando a todos uma dignidade e caráter que só poderia vir de quem tem princípios pra dar e vender, e isso não se compra, nem se parcela nos cartões gold internacionais!

O final do filme é uma grata surpresa, Sean assume sua paixão secreta por Geórgia e a procura na véspera de ano novo na Europa com a boa notícia do erro médico. Ali, essa mulher descobre que a peça que imaginava que Deus estaria lhe pregando, na verdade era a revelação de um Amor não só por sua vida, mas por gente que a cercava e que precisava notar o amor pela vida e a direção pra viver, e isso; está cada vez mais nas pequenas coisas, que se desdobram em grandes ensinamentos.

O filme, já reprisado algumas vezes na TV aberta, é uma boa diversão pra uma tarde fria com pipoca ao lado, mas também faz bem pra alma quando se enxerga que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus!
Assista ao filme e medite no que Ele fala através dessa produção cinematográfica e na sua vida!

Wendel Bernardes.

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10 comentários:

Adriana disse...

É bom ler o que vc escreve, de qualquer jeito e em qualquer tema.

Abraço

Adriana

Wendel Bernardes - Cinema Com Graça disse...

Drí, bom é saber que conto com amigos por aqui, independente do que eu possa escrever. Isso é Igreja!

Abrações!

Adriana disse...

Bom, sou cinéfila graças a Deus, e te amo de graça então o prazer e alegria é toda minha.
Esta é igreja forjada no sangue!

Wendel Bernardes - Cinema Com Graça disse...

Amém!
Bom saber que partilhamos mais uma paixão além da Graça e de Jesus!
Cinema é um vício (daqueles que tá liberadaço) e falar de coisas que amamos pra mim é um privilégio. Ter gente que pensa como eu então....
Aí eu vou pra galeeeeeeera!

Êta Sanguinho porrêta esse, viu?!

Regina Farias disse...

Esse cantinho vai virar vício, que eu tô ligada rsss

Amo esse filme, amo cinema. Esse aí então, já vi algumas vezes. Bastante reflexivo acerca dos reais valores. Sem contar que tem um fundo romântico que eu adoro.

Valeu por compartilhar seu jeito de ver cinema.

Bj

R.

Wendel Bernardes - Cinema Com Graça disse...

Pra mim já tá viciante meeeeeeeesmo, não consigo ficar sem 'dar uma espiadinha' (já ouví isso em algum lugar).

Beijo Rê!

Sensatez disse...

Olá Wendel!!
Gostei muito dese filme, já o vi algumas vezes, tem uma mensagem muito boa.
O viver a vida com alegria, com amor, com sinceridade, normalmente nos prendemos tanto ao bom modelo de educação que esquecemos de ser nós mesmos e de dizer com bom humor e respeito aquilo que sentimos...uma coisa que gostei no filme, que pensando não ter mais tempo ela viveu e se comportou nos "últimos dias" sendo ela mesma...
Isso que devemos ser, nós mesmos com ternura e simplicidade, amor e verdade..sem esquecer do Altíssimo que tudo tem sob controle e nos da oportunidade para aprender o tempo e o modo.
Abraço !!

Wendel Bernardes - Cinema Com Graça disse...

Esse filme é tão simples e tão especial, Rita...
Olhar a vida como se tudo fosse acabar nem sempre é feito com bons olhos e com uma ótica positiva como no filme... legal poder se reinventar assim!

Valeu pela visita... Sei que tô no furo com vc! kkkkk

Sensatez disse...

ha ha
tranquilo Wendel, ta no furo não srsr
Venho aqui por que gostei do lugar e porque gosto de vc e de como observa o cinema com um olhar mais profundo...que faz toda diferença!
Não se preocupe com isso
Abraço meu querido!

Wendel Bernardes - Cinema Com Graça disse...

Valeu Rita...
Mas percebeu que aos pouquinhos estou me redimindo, né?
Abraços!