Atenção esse texto contém alguns spoilers!!!!
Uma das franquias mais bem sucedidas dos últimos tempos do
cinema mundial, Iron Man 3 estreou nessa última sexta (26/04/2013) com ares de
frenesi.
Eram filas quilométricas, fãs usando camisetas que remetiam
ao Gladiador Dourado da Marvel e até alguns que cogitaram usar a mesma barba (sui generis) de Tony Stark simplesmente
para se ambientar nessa realidade utopica.
O filme realmente faz jus às expectativas. Imagens muito bem
coladas, efeitos visuais próximos do real, boa fotografia e as já aguardadas
explosões ininterruptas estão no filme, como era de se aguardar. Mas nem por
isso a obra deixa de surpreender. Na verdade, surpreende e muito!
Eu realmente acreditava que os roteiristas não fariam da
adaptação para essa película algo que remeteria ao filme anterior (em minha
opinião, o mais fraco da franquia), mas pode-se dizer que, de certa forma,
foram longe demais exagerando em algumas cenas de humor, quase pastelão. Mas nada
que Robert Downey Jr. Não soubesse lidar.
A química do ator que há muito não conseguia destaque no
cinema com esse Tony Stark cool, sínico
e piadista (que não lembra em nada o vingador e dono da Stark Interprises dos
quadrinhos) é quem dá o tom nessa trilogia que virou febre.
Encontramos um Tony Stark bem diferente de Iron Man 1. Um herói
mais acostumado à realidade de viver na possibilidade caótica do universo elaborado
por Stan Lee décadas atrás. Cria-se um paradoxo quando esse mesmo Tony, percebe
seu papel um tanto tosco onde deuses caem do céu e aliens destroem New York (o filme se passa cronologicamente um
pouco depois de The Avengers) e isso
o transforma pra valer, inclusive em
constrangedoras (e hilárias) crises de pânico.
Mas nada poderia ser mais notória do que a pegada que a
Marvel/Disney encontrou para vestir o vilão Mandarim (um dos piores inimigos do
herói) interpretado pelo excelente Bem Kingsley.
Como ex-leitor de quadrinhos confesso que me contorci na
cadeira, mas entendi faz tempo que as franquias adaptam cada vez mais as boas
histórias para ganhar sucesso, grana e notoriedade, indiferente da ‘originalidade’
dos personagens e tal.
Gostei de abordagem de certo trecho do filme onde Tony,
desnudo de sua armadura reluzente, mantém o foco em sua busca de seu ‘eu’
(muito comum nos filmes de heróis), firmando Tony Stark não num playboy,
filantropo e milionário (kkkk), mas nalguém que percebeu que pessoas como Happy Hogan
(vivido pelo ator Jon Favreau que também já dirigiu o filme), Jim Rhodes/ Máquina de Combatee (Don Cheadle) e Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) são mais que ‘apenas’
amigos, mas sim, de certa forma, verdadeiras âncoras em fazer desse super-heroi
em um cara com sentimentos e humanidade.
Se Pepper (agora definitivamente no status de namorada do
protagonista) tinha incertezas se Tony Stark tinha mesmo um coração (alusão à
cena já clássica do filme 2) fica evidente nessa continuação que essa dúvida se foi!
Encaro Homem de Ferro 3 como um bom filme de ação/humor/ficção
e com algumas tiradas boas, e outras, que figuram nos mais prováveis clichês....
Mas como ninguém é perfeito, relaxei e curti até o final, sabendo que Hollywood
tenta se reinventar, mesmo usando idéias quase intocáveis de tão boas, mas,
como um mal necessário, nos faz viajar na possibilidade de fazer um Tony Stark (embora reiventado), criar vida e nos entreter a ponto de estarmos aqui voando
em nossas imaginações.
Curta o filme e deixe suas impressões!
Wendel Bernardes
Trailler Oficial