O enredo do filme conta a história do workaholic Max Skinner (Russel Crowe), homem de negócios que mal
tem condições para gerir a própria vida a não ser no que tenha relação com seu
trabalho, que alias custa cada segundo de seu tempo. Mas a vida nem sempre foi
assim. Quando criança Max teve contato com seu tio Henry (Albert Finney), dono
de uma vinícola familiar numa certa região bucólica da França.
A vida, preparando mais uma de suas reviravoltas, atinge Max
com a notícia do falecimento de seu amado tio. E como ele é seu único herdeiro,
deixa temporariamente seu trabalho alucinante para ver as terras e saber o
quanto pode lucrar com elas, já que não tem a mínima intenção de seguir os negócios
da família.
Tudo o que Max queria era sair logo dali, pois as recordações
o remetiam a um menino ‘fraco’, diferente do homem forte e auto-suficiente de
hoje, mas aos poucos ele é pego pelos detalhes das lembranças e até a iminência
de um antigo amor ressurgir, pode fazer tudo mudar em sua vida.
A obra é de uma condução primorosa. Scott tem a mesma paixão
fazendo mega filmes de ação, quanto sensibilidade para lançar um filme com a
doçura e a perícia de enxergar que cinema romântico não se faz apenas com os vários
clichês que o envolvem. E Russel Crowe, provando mais uma vez que é bem mais versátil
que o ator que apenas veste farda, ou armadura, mostrando seu lado cômico em
muitas cenas, mas também abusa da arte de interpretar nas cenas mais dramáticas.
A obra infelizmente não está entre as mais conhecidas do
grande público. Só pra se ter idéia, sua exibição em salas brasileiras vendeu
apenas pouco mais que 95.000 ingressos (que pra um filme de Scott é quase um
fiasco). Mas não por conta de seu conteúdo. O filme é apaixonante e destaco
também a fotografia primorosa (as locações são lindíssimas) e as atuações da atriz
francesa Marion Cotillard (Contágio) e
de Albert Finney (de O Legado Bourne,
Traffic e Doze Homens e Outro Segredo).
Quando somos lançados pelas circunstâncias nas mais diversas
(e às vezes adversas) situações, cremos que a resposta mais rápida para
simplesmente nos livrar daquela peça que o destino nos causou é apenas dizer; ‘não’!
Mas mesmo assim, a vida nos ensina que quando somos levados
a enxergar com olhos mais amplos, às vezes até com um empurrãozinho, tudo não
passava de uma ótima oportunidade pra sermos felizes.
Curta o filme e aventure-se a dizer ‘sim’ mais vezes!
Wendel Bernardes.
(Trailer Original em Inglês, sem legendas ou dublagem)
2 comentários:
"Mas mesmo assim, a vida nos ensina que quando somos levados a enxergar com olhos mais amplos, às vezes até com um empurrãozinho, tudo não passava de uma ótima oportunidade pra sermos felizes".
Lindo demais isso...
Agora sim...começamos ver um lado mais romântico. kkkk
Um grande abraço...
Bom, confesso que esse filme me surpreendeu. Pelo texto você percebeu que curti, né?
Acho legal a capacidade do Russel Crowe, mesmo com todo aquele potencial pra filmes de ação e tal... E ainda assim faz atuações nobres como nesse filme.
Que bom que você gostou! Tá vendo, estamos nos dobrando ao gosto das freguesas!
kkkkkkkkk
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